quinta-feira, 26 de maio de 2011

Dentro de um sonho.

 Eu tinha acabado de voltar do aniversário da minha melhor amiga, Manuela. Estava morta de cansada e como já era tarde fiquei na casa dela. Na verdade, ficou eu, Junior e Gabriel na casa da Manu. A gente era melhores amigos. Foi no dia 16 de janeiro, às 2:26 da madrugada, quando eu e meus amigos estavamos dormindo, uma luz muito forte passou e quando abrimos os olhos não estavamos no quarto. Não mesmo. 

 Eu estava na escola "curtindo" a aula de matemática no último horário e torcendo para que a aula acabasse logo. A aula terminou pouco depois e eu fiquei com vontade de gritar de comemoração. Arrumei minha bolsa e sai para o pátio com a Manuela. A gente ficou conversando e depois ela teve que ir embora por que o primo chato dela tinha chegado. Então eu fiquei sozinha lá. Quando passou um tempo, um garoto chegou e sentou no meu lado. Ele me encarava e passava a mãos em meu cabelo. Foi ai que eu tomei coragem e perguntei: "Quem é você?" - Ainda olhando pra baixo pelo motivo da minha vergonha. Ele sorriu e disse: "Não sabe?" - Não. Se eu perguntei quem você era. Claro que eu não disse isso, mas queria. Também não disse isso por outro motivo, ele era super lindo. Eu não falei nada e ele me beijou. Quando abri os olhos eu estava amarrada em uma cadeira em um quarto totalmente escuro, mas dessa vez, no quarto não havia nada. Eu estava assustada. E gritei. Mas parece que ninguém me ouvia. Parei um tempo e chorei quando vi uma garota caindo no chão, morta e coberta de sangue. Me paralisei e não consegui gritar. Eu parecia estar em uma casa mal assombrada. Depois de um tempo, consegui me soltar daquela corda e corri até o andar debaixo. A casa era rodeada de janelas de vidros. Olhei bem e quando cheguei perto de uma ouvi um barulho. Um barulho que parecia de bomba. Quando eu olhei na janela, consegui ver uma bomba em 00:01, não deu tempo nem de eu pensar. Ela estourou. E todos aqueles vidros quebraram em cima de mim.

 A Manu estava no seu treino de natação quando tudo ocorreu. Ela estava doida para ganhar a competição e treinava muito. Nesse dia, o professor de natação dela disse que ela tinha que comparecer perto da piscina à noite para que ele pudesse conversar com ela sobre a participação dela no campeonato. E é claro que ela não ia perder. Antes de tudo o professor tinha falado a ela que ela era a melhor de todas na natação e a mais bonita pra variar. À noite, a Manu chegou e viu que os corredores estavam bem escuros - "Talvez ele não tenha chegado" - ela pensou. Ela chegou perto da piscina e sentou na borda. Colocou os pés dentro da água e ficou balançando eles. Pouco tempo depois, ela sentiu algo puxando-a pra dentro d'água. Ela gritou muito para ver se alguém ouvia, mas não havia ninguém ali. Tudo estava escuro. Ela segurou em uma parte do chão perto da borda da piscina, mas não aguentou por muito tempo. Alguém ou algo puxou-a pra baixo. Ela não conseguiu ver o que era, mas percebeu que era uma pessoa, pois tamparam os olhos dela e prejudicou de ela se movimentar. Alguém segurou ela até que ela realmente se afogasse.

 O Junior e eu eramos mais que amigos. Tudo que a gente fazia era juntos. E prometemos um a outro que qualquer coisa que acontecesse ia ter que estar lá pra ajudar o outro. O que eu não sabia era que o Junior era apaixonado por mim. Ele, às vezes, até me tratava muito bem, mas eu não achava que ele gostava de mim. Pois bem. No momento que tudo aconteceu, ele me via em uma praça e corria para me ver. Ele, como sempre faz, me abraçou e me beijou no rosto. Conversamos um tempo e depois o beijei. Ele sorriu meio tímido e disse: "Você gosta de mim?". Olhava pra ele e quando ia responder ele piscou o olho. E nesse piscar de olhos o Junior já não estava mais ali. Ele estava em um prédio super alto e não conseguia sair dali, nem se quer se movimentar. Sei lá o por quê. Foi quando ele me viu (por que eu?) do outro lado do prédio. Ele tentou passar por um tipo de ponto que existia entre um prédio e outro, mas ai eu derrubei essa ponte e ele caiu.

 O Gabriel queria ser o "tal". E dizia não ter medo de nada. Foi ai que no dia 5 de maio eu descobri o maior medo dele e ele me pagou 20 reais para eu não contar a ninguém. No momento que tudo ocorreu o Gabriel estava em tempo de "viciado". Sim, ele passava o dia inteiro no video-game. Pois é, ele estava numa boa. No ar condicionado, se entupindo de doces e jogando video-game, obvio. Era de noite, mais ou menos 1:00 da manhã. Sim, ele é viciado ao cubo.  Foi quando o Gabriel ouviu passos vindo do porão. Mas como ele "não tinha medo de nada" não ligou, mas ficou se cagando de medo e de curiosidade para saber o que era. Foi quando ele ouviu vozes se aproximando cada vez mais. Foi ai que algo apareceu pra ele. Era o fantasma de uma menina que ele tinha lido uma história. Ela chegou perto dele e o ameaçou. Depois algo muito forte o prendia seu pescoço até seu fim.

 Foi ai que todos nós acordamos iguais. Morrendo de medo. Olhamos um para os outros e caímos na cama de novo.


Criada por mim.

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